segunda-feira, 29 de setembro de 2014

UMA “LUZ” NO FIM DO TÚNEL PARA A LOGÍSTICA REVERSA DE LÂMPADAS PODE VIR DE TOLEDO

http://catve.com/noticia/6/93989/perito-verifica-situacao-de-lampadas-descartadas-em-toledo




UMA “LUZ” NO FIM DO TÚNEL PARA A LOGÍSTICA REVERSA DE LÂMPADAS PODE VIR DE TOLEDO

Um problema comum em quase todos os municípios brasileiros é o que fazer com as lâmpadas fluorescentes pós-consumo. Desde a regulamentação da Lei Federal 12.305/2010, foi estabelecido que esse tipo de resíduo, assim como embalagens de agrotóxicos, pneus, eletrônicos, pilhas e baterias e embalagens de óleos lubrificantes, deve ter a responsabilidade compartilhada para destinação final.
Segundo a lei, cabe aos consumidores devolver nos pontos estabelecidos as embalagens pós-consumo desses resíduos, aos comerciantes fica a responsabilidade de receber e armazenar os resíduos, e aos fabricantes e importadores a responsabilidade pela destinação final ambientalmente adequada.
Aos órgãos públicos caberia somente organizar a logística e fiscalizar a responsabilidade de cada um dos atores. Porém, o que vem acontecendo nos municípios difere muito do que preconiza a lei. Com fabricantes e importadores omissos às suas responsabilidades e comerciantes de mãos atadas, muitos municípios acabaram usando do princípio da precaução e estão armazenando lâmpadas fluorescentes para que essas não acabem contaminando o meio ambiente.
Porém, isso acaba se tornando insustentável devido à falta de espaço físico, ao risco envolvido em tal ação e o alto custo de destinação final, aproximadamente R$ 0,80 por lâmpada. Sem contar que existe o risco do município ser processado por armazenar resíduo perigoso e por custear uma dívida que não é sua.
Nesse contexto, o município de Toledo, que possui estocado aproximadamente 100.000 lâmpadas, em parceria com a promotoria de Meio Ambiente impetrou uma ação civil pública contra as associações responsáveis pelo setor de lâmpadas fluorescentes no Brasil. Essa ação exige que a ABILUX (Associação Brasileira da Indústria de Iluminação) e a ABILUMI (Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação) coletem e destinem as lâmpadas armazenadas pelo município, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00.
Como as associações Abilumi e a Abilux não cumpriram a determinação judicial de dar destinação correta às lâmpadas fluorescentes descartadas em Toledo, um perito foi indicado pela justiça do Paraná com intuito de levantar provas para o processo. Vários pontos foram vistoriados pelo perito que teve o trabalho acompanhado por representantes das duas associações que além de não falar com a imprensa, tentaram impedir que os locais fossem filmados ou fotografados. Nos próximos dias deve ser divulgado o resultado da perícia dando o ultimato para que as empresas cumpram a determinação judicial.

O assunto da destinação correta das lâmpadas fluorescentes surgiu a partir da participação do promotor de Meio Ambiente de Toledo, Giovani Ferri, em reunião do R20 em Curitiba. O encontro acontece todos os meses na capital paranaense e reúne representantes de meio ambiente das 20 regiões do Paraná para debater temas que envolvem o Estado. Na ocasião foi sugerido as promotorias entrarem com ações contra as empresas responsáveis, para que elas cumpram com a legislação. 

A ação de Toledo é extremamente importante pois pode abrir precedente para os demais municípios  que sofrem com a mesma situação. Cabe ressaltar que uma minuta de acordo setorial para a logística reversa de lâmpadas elaborada pelos fabricantes e importadores em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente está em consulta pública. Entretanto, os municípios se decepcionaram com tal proposta, pois o horizonte previsto para implantação de pontos de entrega para a maioria dos municípios é de 5 anos. Enquanto isso, esses resíduos permanecerão dentro dos municípios, que não querem mais arcar com esse custo e com esse passivo ambiental.


sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CANDIDATOS A GOVERNADOR RESPONDEM AO R20






Reunião do R20 - 24 de Setembro



MUNICÍPIOS SE REÚNEM PARA DEBATER SOBRE RESÍDUOS SÓLIDOS


No último dia 24 de setembro reuniram-se, na Capital, representantes de 29 municípios paranaenses na sede da Associação dos Municípios do Paraná para debater questões relacionadas aos resíduos sólidos e para analisar as propostas dos candidatos ao governo sobre esse tema e sobre o fim dos lixões.
A reunião foi promovida pelos Secretários Municipais de Meio Ambiente e por representantes das Secretarias Municipais e de Consórcios Intermunicipais e contou com a presença de 40 representantes de 29 municípios de todas as regiões do Estado.
Os municípios debateram a Minuta da Resolução Estadual que institui o Grupo R-20 para a gestão associada dos municípios e para a implementação das políticas nacional e estadual de resíduos sólidos. Os representantes encaminharão à Secretaria de Estado de Meio Ambiente sugestões de aprimoramento dessa Resolução para melhor atender às demandas municipais.
Candidatos ao Governo do Estado enviaram por escrito aos municípios suas propostas com relação aos resíduos sólidos. Os candidatos que enviaram propostas foram: Beto Richa, Requião, Gleisi, Bernardo Pilotto, Geonísio Marinho e Tulio Bandeira. As propostas foram lidas, debatidas e publicadas em uma página do Facebook criada pelos municípios como forma de divulgar o resultado das discussões.
Outro tema em pauta foram as lâmpadas fluorescentes. Trata-se de resíduos perigosos, cuja responsabilidade de recolhimento é dos fabricantes e importadores. Apucarana explanou sobre a dificuldade enfrentada, pois existem cerca de 135.000 lâmpadas estocadas no município, aguardando recolhimento, o que já foi solicitado pelo Ministério Público. Essa situação se repete na maioria dos municípios do Estado. Foi debatida a Minuta de Acordo Setorial para a Logística Reversa de Lâmpadas elaborada pelos fabricantes e importadores em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. Entretanto, os municípios se decepcionaram com tal proposta, pois o horizonte previsto para implantação de pontos de entrega é de 5 anos. Enquanto isso, esses resíduos permanecerão como passivo ambiental dentro dos municípios.
Outra Minuta de Acordo Setorial debatida foi a de embalagens. Os municípios demonstraram descontentamento, visto que o acordo prevê ações apenas para os municípios sedes da Copa do Mundo. Diante disso, cada município irá realizar suas considerações nessa consulta pública e solicitará que o Estado faça uma intervenção antes da aprovação desses acordos.
Durante a reunião, também foi trazida a experiência de Londrina sobre resíduos orgânicos in-natura e os cuidados para a sua utilização como fonte alimentar de suínos.
Essa interação e delineamento de estratégias entre os municípios é de extrema importância para fortalecer ações mais homogêneas em prol de um ambiente mais preservado e sustentável. A próxima reunião já está marcada para o mês de novembro e espera-se que até lá esse grupo técnico de trabalho esteja regulamentado para alcançar ainda mais resultados positivos.


Cadastramento - Grupo R-20

Cadastro dos Membros do Grupo R-20 Grupo dos 399...

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