O tratamento adequado de resíduos orgânicos foi tema do 3.º
Encontro do Grupo de Trabalho Municipal de Meio Ambiente, que reuniu
representantes de municípios, universidades estaduais e professores na
quinta-feira (25), na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, câmpus
Curitiba.
Os participantes integram o R20, grupo formado desde 2008 para acompanhar o trabalho da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos na área de resíduos sólidos.
O evento foi organizado pela secretaria para a troca de experiências entre os modelos de compostagem dos municípios, além da busca de soluções para coleta seletiva, reciclagem de materiais, logística reversa e outras alternativas.
Os participantes integram o R20, grupo formado desde 2008 para acompanhar o trabalho da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos na área de resíduos sólidos.
O evento foi organizado pela secretaria para a troca de experiências entre os modelos de compostagem dos municípios, além da busca de soluções para coleta seletiva, reciclagem de materiais, logística reversa e outras alternativas.
Na abertura o Coordenador de Resíduos da SEMA, Vinicio Bruni,
Informou sobre a presença de representantes das universidades estaduais:
Unioeste, UEL, UEM, Unicentro, UEPG e organizou a composição da mesa de
abertura.
O Sr. Cezar Augusto Romano, diretor da UTFPR – explicou sobre a grande
oportunidade de colocar a Tecnológica nessa rede de cooperação, que existem 850
professor e 11 alunos em Curitiba, e 35000 alunos no Estado.
Nilo Cini Júnior,
da SINDIBEBIDAS, explanou sobre um projeto piloto, no qual propõe um modelo de
integração, através de arranjos coletivos de rede. Seriam cooperativas com
infraestrutura adequada para atender a região em cidades pólo: Cascavel,
Francisco Beltrão, Guarapuava e Campos Gerais.
Como surgiram muitas dúvidas entre os municípios, ficou acordado que o
projeto seria apresentado em outra reunião com espaço para debate.
Mayumi Nakamura
explanou sobre o conteúdo da Resolução que trata sobre compostagem, define a
separação de rejeitos, orgânicos e recicláveis, traz diretrizes para a implantação
de centrais de compostagem e define os tipos de uso do composto. Vinicio
informou que a Resolução CEMA foi elaborada através de diversas reuniões de um
grupo técnico bastante amplo, do qual fazia parte a Profa. Maria Cristina e a
Dra. Luciane Maranhão, assessora do Dr. Saint Clair. Houve questionamentos
sobre a implantação de 3 tipos diferenciados de coleta: rejeitos, orgânicos e
recicláveis. Propôs-se a ampliação das discussões e a apresentação de sugestões
de alterações da Resolução ao CEMA.
A Profª Tamara Van Kaick apresentou o projeto
intitulado “Vermicompostagem: Estudo de caso utilizando o resíduo orgânico do
restaurante universitário da UTFPR Câmpus Curitiba – Sede Ecoville” da aluna Ana Claudia Nuernberg. Foi feita a
compostagem utilizando minhocas, caixas de compostagem e resíduos da
universidade. A professora apresentou um mapa apontando os campi da UTFPR onde
já estão sendo realizados estudos sobre compostagem: Londrina, Campo Mourão,
Toledo, Pato Branco, Dois Vizinhos e Medianeira.
Ney Cazelato, Secretário de Meio Ambiente de Marialva, apresentou sobre o
Centro de Triagem e Compostagem no aterro sanitário. A prefeitura contou com o
apoio do Prof. Leonardo Quadros do IAP para a implantação. A cidade tem cerca
de 34 mil habitantes, e o composto é feito com 40% de RSU (cascas de frutas,
legumes, restos de alimento) e 60% de material palhoso. Na cidade é feita
separação na fonte em sacolinhas plásticas e existem duas coletas: convencional
e de recicláveis. É feito controle de temperatura (45-64 °C), oxigenação, umidade e amostragem simples (que é cara). Em torno de R$
500.000,00 foram necessários para implementar o projeto.
O professor Paulo Janissek da Universidade Positivo explanou sobre o “I
Congresso Internacional sobre Lixo Zero e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (CIGIRS)”.
O congresso está sendo organizado pela universidade e ocorrerá dias 28, 29 e 30
outubro de 2015. O objetivo é o intercâmbio de informações, troca de experiências
entre Instituições internacionais, Municípios, Secretarias de Meio Ambiente,
Associações das indústrias, comércio, consórcios, por meio de palestras,
oficinas e trabalhos científicos.
A empresa Catalinni apresentou um sistema de biodigestão para resíduos de
grandes geradores, seguindo modelos europeus, com geração de biofertilizantes
líquidos. 100t de massa sólida gera 60%
de líquido fertilizante, que pode ser aplicado diretamente no solo. A Catalini
iniciará uma planta em Curitiba em janeiro de 2016, e utilizará lodo da Sanepar
e resíduos de grandes geradores, podendo utilizar resíduos sólidos urbanos, com
capacidade para até 200T de resíduos orgânicos, o nome da empresa é CSBio
Energia. Haverá 4 motores de geração de energia, o investimento será de R$ 60
milhões na fase 1, e R$ 20 milhões na fase 2. Já possuem Licença de Instalação.
A área tem 25 mil m² e a tarifa será de R$ 80,00 a R$ 100,00 por
tonelada.
Germano Vieira apresentou a Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos de
São José dos Pinhais-PR, da empresa TSA – Tecnologia em Sistemas Ambientais. O
processo é de compostagem acelerada e há produção de combustível derivado de
resíduos da fração não reciclável. Capacidade: 50-100 t/ dia. Há recepção de
RSU, com extração de metais e separação de orgânicos. Usam-se resíduos de podas
e jardinagens. Há reatores (túneis) onde se injeta oxigênio. A temperatura atinge uma média de 70°C. O composto é usado para produção de mudas, uso agrícola,
reflorestamento, grameiras e jardinagem. O custo é de R$100,00 a R$ 120,00 por
tonelada. Foram gastos R$ 25.000.000,00 nas 3 fases de implantação.
Flávio Pereira apresentou o sistema da Organoeste de Campo Grande, que
recebe resíduos sólidos industriais. A compostagem é acelerada com bactérias
termofílicas, e é feita a triagem em esteira. A 1ª etapa é retirada de
recicláveis, seguida de peneiramento. Não há geração de chorume, pois chega-se
a temperatura de 80°C, que esteriliza o composto. É pequena a
quantidade de contaminantes diante da grande quantidade de composto. A
tecnologia da Organoeste é considerada pela ONU uma MDL. O rejeito passa por
gaseificação ou carbonificação. A planta recebe 50t/dia, tem 5ha e o custo é de
R$ 120,00/ tonelada. O consumo do adubo é sazonal e precisa ser estocado.
José Carlos apresentou a proposta da Organosafra. Há utilização de
resíduos industriais, de poda e alimentícios. O pátio é impermeabilizado, o
chorume é tratado em lagoas. São utilizadas 57 a 60 tipos de bactérias
termofílicas, chegando a temperaturas de 55°C, havendo morte de
esporos, salmonella, mas há dificuldades com ovos de helmintos, embora haja um
pátio de cura para estabilizá-los. O processo é aeróbico com movimentação
mecânica, havendo eliminação de CO2 e produção de calor.
O evento permitiu que os representantes dos municípios tivessem uma ampla
visão das possíveis destinações dos resíduos sólidos urbanos no Paraná, especialmente
da fração orgânica e poderá servir de base para a implantação de projetos do
gênero nos municípios.
getting all of them on the guide). https://imgur.com/a/5relmPl https://imgur.com/a/iomZvtz https://imgur.com/a/VrFc8BO https://imgur.com/a/qKm2Jdr https://imgur.com/a/3pxkRCR https://imgur.com/a/oo9HSzV https://imgur.com/a/Ewt4la1
ResponderExcluir